Depressão infantil quais os sintomas e cuidados.
Mirta Elisa Gohlke
É muito comum nos tempos atuais ouvirmos alguém nos dizer que está com depressão, mas em crianças são pouquíssimos os casos e muitas vezes os familiares e professores não se dão conta da mudança de humor da criança. Segundo estudos os primeiros sinais são quando a criança apresenta alterações de humor e irritabilidade constante, é importante a observação quando apresenta desinteresse, sentimento de culpa, apresenta dores generalizadas, sofre de insônia, não come direito deixando a comida no prato, seu rendimento escolar não é mais o mesmo.
Os sintomas típicos segundo estudos apresentados da revista crescer são:
• Falta de vontade de fazer qualquer coisa, mesmo brincar e passear.
• Desinteresse pelos estudos e queda de rendimento escolar.
• Insônia ou sono excessivo.
• Humor deprimido ou muita irritabilidade, principalmente em crianças menores.
• Perda de apetite.
• Autoestima baixa, acompanhada de sentimento de culpa, com supervalorização dos erros e desprezos pelos acertos.
• Falta de concentração.
• Queixas de males físicos, sintoma frequente em 85% dos casos de depressão infantil.
O comportamento dos familiares pode ser a causa da baixa autoestima, a perda de um ente querido, divorcio dos pais, constantes brigas, entre tantos outros. Para os pais é importante que favoreçam a criança um ambiente acolhedor, seguro, onde sinta-se amado, que possa ser estimulado a enfrentar seus problemas, demonstrando confiança com seus filhos, motivando para a realização de tarefas e atividades de seu cotidiano,demonstrar interesse pelo comportamento da criança, estimular para novas experiências, valorizando seus acertos e não privar de seus erros,demonstrar a criança que as dificuldades vivenciadas podem ser contornáveis, não exagerar nos elogios e otimismos para não distanciar de sua realidade.
Para enfrentar este obstáculo da depressão infantil, o afeto é a melhor maneira de enfrentar as dificuldades e necessidades reais da criança, onde o dialogo e o envolvimento entre as partes criança, pais e professores sobre seus sentimentos, dúvidas, dores e frustrações, auxiliando a defender-se na hora de suas crises.
Referência Bibliográfica:
Revista: Crescer em família. Editora Globo,ano 3 no 36 ,novembro de
1996,P. 60,61 e 62