quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Depressão Infantil





Depressão infantil quais os sintomas e cuidados.

Mirta Elisa Gohlke

É muito comum nos tempos atuais ouvirmos alguém nos dizer que está com depressão, mas em crianças são pouquíssimos os casos e muitas vezes os familiares e professores não se dão conta da mudança de humor da criança. Segundo estudos os primeiros sinais são quando a criança apresenta alterações de humor e irritabilidade constante, é importante a observação quando apresenta desinteresse, sentimento de culpa, apresenta dores generalizadas, sofre de insônia, não come direito deixando a comida no prato, seu rendimento escolar não é mais o mesmo.
Os sintomas típicos segundo estudos apresentados da revista crescer são:

• Falta de vontade de fazer qualquer coisa, mesmo brincar e passear.

• Desinteresse pelos estudos e queda de rendimento escolar.

• Insônia ou sono excessivo.

• Humor deprimido ou muita irritabilidade, principalmente em crianças menores.

• Perda de apetite.

• Autoestima baixa, acompanhada de sentimento de culpa, com supervalorização dos erros e desprezos pelos acertos.

• Falta de concentração.

• Queixas de males físicos, sintoma frequente em 85% dos casos de depressão infantil.

O comportamento dos familiares pode ser a causa da baixa autoestima, a perda de um ente querido, divorcio dos pais, constantes brigas, entre tantos outros. Para os pais é importante que favoreçam a criança um ambiente acolhedor, seguro, onde sinta-se amado, que possa ser estimulado a enfrentar seus problemas, demonstrando confiança com seus filhos, motivando para a realização de tarefas e atividades de seu cotidiano,demonstrar interesse pelo comportamento da criança, estimular para novas experiências, valorizando seus acertos e não privar de seus erros,demonstrar a criança que as dificuldades vivenciadas podem ser contornáveis, não exagerar nos elogios e otimismos para não distanciar de sua realidade.
Para enfrentar este obstáculo da depressão infantil, o afeto é a melhor maneira de enfrentar as dificuldades e necessidades reais da criança, onde o dialogo e o envolvimento entre as partes criança, pais e professores sobre seus sentimentos, dúvidas, dores e frustrações, auxiliando a defender-se na hora de suas crises.


Referência Bibliográfica:
Revista: Crescer em família. Editora Globo,ano 3 no 36 ,novembro de
1996,P. 60,61 e 62

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A PEDAGOGIA E O LUTO




Adão Carvalho


O estar no mundo implica-se na relação com os outros, presença física e espiritual, é a prática humana transmitindo saberes entre objetividade e subjetividade, desde o momento que somos concebidos até momento que morremos, desdobramento na dimensão metafísica.

Há restrição neste trabalho inerente ao luto que num esforço se traduz, tão somente, pela perda de ente querido, independentemente, de sua causa mortis e pós mortem, o fato é que diante da tensão, vida e morte, os homens se educam mediatizados pelo mundo.

Na atualidade pensar na morte requer planejamento e com respostas precisas as seguintes: perguntas, onde será velado? Vestimenta e caixão? O sepultamento: crematório cemitério público, ou não? Como avisar parentes, amigos e demais pessoas do convívio social do ente querido?

São os “Quefazeres” da prática humana que é prática educativa, promotora de aprendizagens, e diante da “tensão viver ou morrer” ao homem a atribuição gnosiológica de apreender os ensinamentos.que compõem as múltiplas facetas de culturas que constituem a realidade concreta, e, criam e recriam
sentimentos de pertencimento, evidência de protagonismo.A prática humana requer intervenção e metodologia, é prática educativa que segundo, José Carlos Libâneo, é fenômeno constante inerente à vida social, e, à Pedagogia investiga os fatores reais e concretos para a formação humana.

O principio biológico nos orienta que nascemos, crescemos, evoluímos, nos reproduzimos, envelhecemos, e, finalmente, morremos, mas, não obstante, tal processo de desenvolvimento nos oprime, pois sabemos que a trajetória da vida é finita, segundo Paulo Freire , o opressor reside na consciência do oprimido. 

Todavia, à morte para diversos sujeitos é vista como processo de libertação, balizado em princípios doutrinários e filosóficos, onde o corpo físico, é matéria densa se reorganizando, e, corpo espiritual transcendendo num ritmo dinâmico rumo à eternidade.

Outros, porém, veem-na como processo doloroso, uma longa jornada, percurso desorientado, sem destino, entretanto, percebamos dentro de doutrinas religiosas, que há orientação contida no princípio epistemológico, que ao morrermos, dormimos, não estamos mais cônscios do “SER” e do “ESTAR” no mundo terreno, e, lá na sepultura aguardamos o juízo final, há probabilidade da manifestação da “VIDA” ou da “MORTE”, só depende de você!

Que reação temos ao sermos avisados (notificados) que um ente querido, de nosso convívio social, falecera. Ficamos apreensivos, desnorteados, mas, nos organizamos para vê-lo pela última vez, na condição de defunto, cadáver, falecido, morto.

Então, como alternativa, cabe-nos celebrarmos à morte, este último encontro, é o velório, do e para o defunto, é a fase intermediária do evento é lá no cemitério, o enterro, fase final, quando damos o corpo de nosso ente querido à sepultura, múltiplas expectativas, será que irá descansar em paz com Deus, ou não?

Choramos, e de fato, sentimos a dor da perda, mas, intimamente, transgredimos leis morais e éticas, então, pensamos no ente querido, de forma, libidinosa, deveras, caímos na realidade, que a natureza deste pensamento, já não nos é plausível porque estamos diante de um corpo sem vida, por mais escultural que tenha sido, obedece leis do universo, e, iniciado o percurso de desdobramentos metafísicos, estamos diante do ciclo vital na sua complexidade refazendo à vida na sua magnitude.

Metaforicamente, a águia repousa na terra e voa pelos ares, e, num quantum de desdobramento , alça o vôo maior e adentra a seara, onde, provavelmente, repousa a “Divindade”, todavia, pela ausência de discernimento não decifra a mensagem oportunizada, então, por muito tempo ali repousará o conhecimento proibido, a espera de decodificação, pressagio de boa nova. 

Os saberes emergidos da vida e da morte no cotidiano são interdependentes e transitam no campo da interatividade, evidência de que o homem é ser social com múltiplas experiências.



REFERÊNCIAS
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&
cad=rja&uact=8&docid=O8v8CAuznDVRRM&tbnid=QTHZEVqoa8yoRM:&ved=0C
AQQjB0&url=http%3A%2F%2Ficed.ufpa.br%2Fprincipal%2Findex.php%2F9-
noticias%2F116-luto-
oficial&ei=7FkYU4aoCoe3kQeXloCYDw&bvm=bv.62577051,d.eW0&psig=AFQjCN
HZeS8vR8EU8y7EBTCSVjozsPjunw&ust=1394191208862799 – Blog: iced.upa.br –
acesso em 06/03/2014.

Pedagogia do Oprimido – Freire,Paulo - 1996
Pedagogia da Autonomia – Freire, Paulo - 1997
Metodologia do Conhecimento Científico - Demo, Pedro
O Saber em jogo – Fernández, Alícia – 2011.
Pedagogia e Pedagogos para quê? – José Carlos Libâneo - 2010

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Educação de Jovens e Adultos



EJA DOIS PROJETOS DE SOCIEDADE E EDUCAÇÃO


Catia Regina Gomes da Silva



No segundo projeto, a concepção de educação está relacionada á vida, perspectiva de humanização e emancipação humana. Valoriza-se a experiência de vida e trabalho, a realidade cultural e social dos(as) educandos(as) , numa tentativa de construir capacidade de ler e escrever criticamente a realidade que os(as) cerca, construindo-se, portanto, sujeitos capazes de transformar-se, transformando coletivamente seu meio local para contribuir com a transformação de uma sociedade excludente em sociedade solidária. Essa é a concepção que orienta, hoje, boa parte das propostas de Educação de Jovens e Adultos.
O projeto de sociedade e de educação defendido nessa proposta busca sua essência nos saberes construídos pelas classes populares, sendo a educação enquanto prática humanizadora seu princípio norteador. A base desse princípio, de acordo com Paulo Freira, é o diálogo, fundamentado pela amorosidade, que é compromisso com todos os seres humanos.
Na proposta pedagógica desenvolvida por Paulo Freire, são valorizadas fundamentalmente, a cultura e a realidade do educando. Para Freire essa realidade é o ponto de partida para que a pessoa construa compreensão do mundo e de si mesma como sujeito da história. Segundo a concepção freireana, o trabalho pedagógico não se dá pela imposição de conteúdo, mas por uma construção do conhecimento em que o(a) educador(a) e o(a) educando(a) ensinam e aprendem ao mesmo tempo.
Nesse contexto, as histórias de vida constituem-se o elemento desencadeador e articulador de todo o processo educativo. Conforme Charlot (2000, p. 69):

Aprender sob qualquer figura que seja, é sempre aprender um momento de minha história, mas, também em um momento de outras histórias: as da humanidade, da sociedade na qual eu vivo, do espaço no qual eu aprendo, das pessoas que estão encarregadas de ensinar-me (…). Qualquer que seja a figura do aprender o espaço do aprendizado é um espaço-tempo partilhado com os outros.

Assim, desde o início, os(as) educadores(as), nos encontros de formação, vão discutindo sobre a importância de construir com os(as) educandos(as)um ambiente significativo para que essas histórias sejam trabalhadas, sendo exploradas as mais diferentes linguagens práticas de fala e escuta, música, imagens, desenhos, fotos, filmes, dança, teatro, leitura de textos diversos (poemas, biografias, letras de músicas) entre outras. Então, a escrita das histórias vai acontecendo aos poucos, e os(as) educadores(as) vão buscando estimular os(as) educandos(as)para que escrevam do seu jeito, criando um clima de confiança para que , naturalmente, discutam com os(as) colegas a questão da escrita.
O trabalho com as histórias de vida vai impulsionando a análise da realidade, uma vez que nesse contexto estão envolvidos aspectos diversos da conjuntura (local e global): trabalho, sociedade, política, economia, entre outros. Além disso essa prática vai estimulando o estudo e a pesquisa sobre as temáticas de interesse dos grupos (por exemplo: etapas da vida – infância, adolescência, velhice; relações familiares, valores, sentimentos, espiritualidade, etc.)
Nesse sentido, trabalhando com temáticas significativas para os(as) educandos(as), os(as) educadores(as) vão procurando construir com eles(as) atividades que lhes oportunizem fazer diversas relações entre as áreas de conhecimento, numa perspectiva transdisciplinar. Ao mesmo tempo, buscam oportunizar-lhes avançar no processo de alfabetização, pela variedade das situações de leitura e de escrita, tomando-se o texto como unidade de sentido, sempre.
A concepção freireana deve continuar inspirando as práticas de EJA, ainda que outros(as) pensadores(as) da Educação de Adultos busquem resignificá-lo, ou, por que não questioná-lo. Para além disso, construir práticas de EJA numa perspectiva crítica continua, ainda, sendo um grande desafio.


Na Educação de Jovens e Adultos, no Brasil, podem ser percebidos dois projetos de sociedade e educação. De acordo com Gaudêncio Frigotto (2005), no primeiro projeto, excludente, a concepção de educação está relacionada a uma visão utilitária e empresarial do saber, dentro da ideologia da empregabilidade, reduzindo o processo educativo a cursos de treinamento profissional. Nesse contexto, o objetivo é o de formar um(a) cidadão(ã) mínimo(a), alienado(a), que não pense e não exerça pressão para mudar os privilégios dos poderosos. Nessa proposta não há educação, portanto, não há educando(a) e nem cidadão(ã) – o ser humano é considerado um objeto.





REFERÊNCIAS:

CHARLOT, Bernard.Da relação com o saber: elementos para uma teoria.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
CIAVATTA, Maria. A formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. In: FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise (Orgs.).Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.
FRIGOTTO, Gaudêncio.; CIAVATTA, M.; RAMOS, M. (Orgs.).Ensino médio integrado: concepções e contradições. São Paulo: Cortez, 2005
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa-21ª Edição- São Paulo. Editora Paz e Terra, 2002.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Relação Família X Escola





Educação=Família/Escola /Profissional

Ana Luiza Fries

          A educação acumula tudo o que  é vivenciado pelo ser humano ao longo de sua vida. Tendo essa visão como premissa não tem como dissociar família / escola e o profissional que interage na ação e formação desta pessoa.

         Sabemos que existem tantos problemas de estrutura familiar e a perda de valores que a escola passa a ter um  compromisso cada vez mais intenso na formação da criança que vai além da aprendizagem cognitiva  tendo que aprimorar sempre mais o afetivo. Mas acredito que esta concepção somente terá veracidade se houver uma  relação de as duas entidades ocorrendo desta forma um processo de educação eficiente, uma vez que a escola tem o objetivo de complementar o aprendizado familiar. Segundo Paro (2000, p.15)apud Caetano, além de problemas como professores mal formados e outros, a escola tem falhado também e principalmente porque que não tem dado a devida importância ao que acontece fora e antes dela, com seu educando. Vejo que é necessário trabalhar em rede com também outros órgãos (como CRAS, Assistência Social, Conselho Tutelar), priorizando sempre o contato com a família, com intuito de beneficiar as crianças.

       É na escola que se iniciam outras relações fora do ambiente familiar, é onde se originam os questionamentos sobre valores tendo também a oportunidade de conviver com outras crianças e adultos, que não são os pais, conseguindo outros exemplos onde possam se espelhar, enfatizando e concretizando sua autoestima e personalidade.

O professor é referencia para a criança, esta profissão vai muito além de transmitir conhecimento, ensinar. É necessário amor, respeito e responsabilidade, tendo como base os quatro pilares da educação:aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a conviver, servindo de base para a pedagogia. Professor  tem que saber ouvir, ser criativo, interagir, ser sensível, afetuoso, não ter preconceitos, ser flexível saber lidar com diferentes situações. Ser professor é amar o que faz e com quem convive.

A área  da Educação é a mais importante ao meu ver, pois ninguém terá como seguir um caminho sem passar por ela. A educação engloba o aprender e ensinar, integra o que aprende com o que vive e vice-versa, reflete na ação do ser humano, não esquecendo os  aspectos, social, emocional e físico.

          Devemos utilizar os obstáculos da nossa vida tanto profissional como particular, para construir aprendizados e procurar soluções para as adversidades. Temos sim, que ter o discernimento em não expor os nossos problemas nas atitudes e comportamentos no meio profissional. As adversidades em nossa vida nos tornam mais sensíveis, delicados e compreensivos. Tenho um lema em minha vida e acredito nele “QUEM NÃO APRENDE NO AMOR APRENDE NA DOR”, sou prova viva disso.

Acredito em tudo que vivemos tiramos lições de tudo. Penso que já nascemos com o dom de nossa profissão, isso para quem é educador por amor, que faz das dificuldades os aprendizados para vida. Mas não basta gostar, necessitamos cada vez mais, procurar ser melhores como pessoas para sermos melhores profissionais.

EDUCAMOS PELO EXEMPLO E NÃO SOMENTE POR PALAVRAS.

Referências:

PARO, V. H. Administração escolar: introdução crítica. 16. ed. São Paulo: Cortez, 2010a [1986]
Disponível em:
http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-familia-na-educacao-da-crianca/32304/ - acessado setembro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Tema de Casa ......





Você já fez os temas?


Viviane Zucco dos Passos

Durante toda a vida escolar esta deveria ser uma pergunta rotineira, pois nela está implícito algo de muita importância para qualquer ser humano, a responsabilidade... ser responsável por sua aprendizagem, seu desenvolvimento.
O tema, o dever de casa é uma continuação, um reforço do que foi desenvolvido em aula.
Mas se há uma interação dos assuntos, uma participação dos alunos é necessário que ainda aconteça esse complemento?
Acredito que sim, pois a tarefa será realizada fora do ambiente escolar, em outro horário, sem o acompanhamento do professor ou o auxílio dos colegas pode gerar dúvidas ou até mesmo pode auxiliar na compreensão de determinado assunto.
Perguntar à criança se já fez os temas está estimulando a responsabilidade por seus deveres e atitudes assim acompanharão o ser humano em toda a sua caminhada.
A partir do momento em que os pais acompanham os temas de seus filhos estão tendo a oportunidade, também, de acompanhar todo o trabalho que está sendo desenvolvido na escola, se a criança ou adolescente está frequentando às aulas e como estão em relação à sua aprendizagem, bem como terão argumentos sobre qualquer observação ou dúvida que tenha necessidade de ser resolvida ou conversada na escola.
A lição de casa é importante para todos os envolvidos: alunos, professores e pais. Os alunos reforçam a aprendizagem, os professores conseguem perceber as conquistas e as dificuldades apresentadas e os pais acompanham o que está sendo estudado. São três partes que, quando andam juntas, favorecem a interação entre professor x aluno x família e colaboram para que possa haver uma melhor organização de estudos e, como consequência, um melhor resultado.
Em algum momento é possível que pais não consigam acompanhar o conteúdo que seu filho está estudando, é momento de ser claro e dizer que não sabe, mas que podem buscar juntos a compreensão ou, até mesmo, buscar auxílio extra- classe. O importante é estar presente, compartilhar conhecimentos e também as dúvidas.
Perguntar ao seu filho se já fez os temas, olhar seus cadernos significa responsabilidade, interesse... é estar dizendo: estou aqui...

Professora e acadêmica Licenciatura Plena – Pedagogia – UFPEL

Outubro/2014


Referências:

A importância do dever de casa. Disponível em:http://futurodopresente.com.br/blog/index.php/2013/02/a-importancia-do-dever-de-casa/. Acesso em 29/09/2014, às 19h e 45min.
AZAREDO, Marina. Lição de casa: um dever para todo dia. Disponível em:http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/licao-de-casa-547565.shtml. Acesso em 29/09/2014, às 19h e 45 min.
Ajudando a fazer os deveres. Disponível em:http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3264/-1/ajudando-a-fazer-os-deveres.html. Acesso em 01/10/2014, às 20h e 30 min.


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Educação Infantil - Avaliação


A forma de avaliar na Educação Infantil

Angélica Patrícia Homem

Na Educação Infantil os alunos devem aprender brincando, de uma maneira mais informal, sem exigir perfeição, através de brincadeiras e atividades lúdicas, pois assim o resultado será mais satisfatório para a professora e para o aluno. As crianças nesta idade, demostrou muito interesse nas brincadeiras e na maneira diferente de aprender números letras e até mesmo valores e assim aprendem brincando de maneira muito satisfatória.


A avaliação educacional requer um olhar sensível e permanente do professor para compreender as crianças e responder adequadamente ao “aqui-e-agora” de cada situação. Perpassa todas as atividades, mas não se confunde com aprovação/reprovação.

É um processo gradativo onde o aluno vai aprendendo e crescendo ao longo do ano, a professora vai auxiliando-o e intervindo quando necessário, pois o aluno terá muito tempo para se aprimorar, na faixa etária, dos 5 e 6 anos, de acordo com o plano de estudos da Educação Infantil, os alunos devem saber recortar, colar, utilizando corretamente a cola e tesoura, conviver bem em sociedade, fazer novas amizades, saber ouvir e se expressar, conhecer seu nome e o nome dos colegas, conhecer os números de um a dez, desenvolver habilidades motoras, entre outros, cada aluno tem seu tempo de aprendizagem, é preciso respeitá-lo. Então ao final do trimestre pode-se fazer uma avaliação descritiva que é entregue aos pais em uma conversa informal, assim os pais participam da vida escolar de seus filhos e sabem onde podem ajudar para que este progrida em seus trabalhos.
Logo, o papel do professor é mediar o aprendizado de forma lúdica, trabalhando as primeiras descobertas dos alunos, pois é neste período que ele forma sua personalidade e desenvolve suas habilidades e as aprimora para as próximas etapas escolares.
O professor precisa ter domínio do conteúdo ou das atividades que irá passar, pois se ele está seguro passa tranquilidade aos alunos e assim eles aprendem com mais facilidade, tendo em mente sempre que deve estar aberto a mudanças, pois muitas vezes é preciso improvisar ou mudar as atividades que não estão dando o resultado esperado. Organizar a sala de uma forma que os alunos tenham um ambiente aconchegante e que lhes proporcione momentos de aprendizado significativos.
O professor deve estar sempre se atualizando e buscando novas possibilidades, pois segundo Santos (2010,p.2)

É de primordial importância que o educador crie situações de aquisição do conhecimento para suas crianças, ou seja, oportunidade de contatos com todos os meios possíveis de aprendizado. Cabe ao adulto, organizar o espaço físico, os matérias concreto a serem manipulados e explorados, os momentos de trocas orais constantes com criançada mesma e de diferentes faixa etárias e com adultos, para que assim ocorra as trocas afetivas, os enfrentamentos e a resolução de problemas, percebendo assim , como a criança lida com situações de conflito, desafios e frustrações.

Para isso é preciso que o professor conheça a realidade do aluno, sua comunidade, seu entorno, sua família, tentar trazê-la para participar da vida escolar de seu filho, isso facilitará e muito o trabalho do professor.


Referências Bibliográficas

OLIVEIRA,Zilma de Morais Ramos de. Educação Infantil:Fundamentos e métodos. 7. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.
SANTOS, Eliane.A Educação Infantil e o papel do educador. Disponível em:http://educaneuro.blogspot.com.br/2010/02/demanda-de-inclusao-de-criancas-de-0-6.html, acesso em 24/11/2013, às 20h30min.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Ensino-Aprendizagem na Educação Especial





Paula J. P. P. Vieira

        A educação especial é uma modalidade de ensino destinada ao atendimento de alunos com “necessidades educacionais” proveniente de deficiência física, mental ou múltipla, de altas habilidades, superdotação ou talentos, oferecida em todos os níveis de ensino.
           Segundo o artigo nº 58 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação NacionalEntende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”, tendo por objetivo contribuir para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, psicológico e social, a fim de desenvolver no educando a capacidade de aprender, a organização, a aquisição de conhecimento, o compartilhar, a formação de valores, a socialização e a integração com os demais alunos e com a comunidade, sempre de maneira a contemplar as potencialidades de cada um.
        É necessário que o professor observe o processo de aprendizagem de cada educando, valorize seus conhecimentos previamente acumulados, respeite seu ritmo e suas limitações, potencializando o que ele já sabe fazer e não sua deficiência.

“[...] conhecer bem os alunos implica interação e comunicação intensas com eles, uma observação constante de seus processos de
aprendizagem e uma revisão da resposta educativa que lhes é oferecida. Esse conhecimento é um processo contínuo, que não se
esgota no momento inicial de elaborar a programação anual”.
(Blanco, pág. 296).

             A metodologia de ensino precisa ser individual contemplando assim a diversidade existente em sala de aula e as características próprias de cada aluno, adaptando os conteúdos conforme a especificidade de cada um.  Segundo os PCNs, as adaptações curriculares são definidas como:

[...] possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se realize a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às
peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não um novo
currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação,para que atenda realmente a todos os educandos. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares implicam a planificação pedagógica e as ações docentes fundamentadas em critérios que definem o que o aluno deve aprender; como e quando aprender; que
formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo
de aprendizagem; como e quando avaliar o aluno (p.33).

            As adaptações são flexíveis conforme a necessidade especial do aluno e tem a finalidade de auxiliá-lo no ensino-aprendizagem. O docente adota o mesmo conteúdo para todos e, conforme necessário realiza as devidas alterações e ajustes a fim de contemplar a diversidade da turma. Conforme Aranha (2002, p.5) “as Adaptações Curriculares, então, são os ajustes e modificações que devem ser promovidos nas diferentes instâncias curriculares, para responder às necessidades de cada aluno, e assim favorecer as condições que lhe são necessárias para que se efetive o máximo possível de aprendizagem”.
              No espaço escolar cabe ao professor diversificar e organizar o tempo e o espaço, fazendo uso das mais diferentes estratégias e recursos a serem planejados para efetivar uma aprendizagem significativa. Sendo mediador na construção do conhecimento, o educador além de observar quem aprende e como aprende, precisa avaliar o que está sendo abordado em sala de aula e o envolvimento dos alunos.

Também é possível elencar como uma estratégia que deve ser implementada, o planejamento de aulas motivadoras, atrativas e cativantes. Para tanto, é necessário além de levantar os interesses dos alunos e criar novos interesses, ou seja, motivar os alunos a aprenderem coisas novas, apresentando sentido e significado para essas aprendizagens.  (Práticas Educativas:Adaptações Curriculares. Bauru, 2008)  

                O planejamento para alunos com necessidades especiais precisa ser flexível e estar em constante avaliação e reformulação, observando os objetivos alcançados e os que não foram alcançados, buscando sempre estratégias que favoreçam e auxiliem o desenvolvimento do aluno.

Bibliografia

LEITE, PEREIRA LÚCIA.Práticas em Educação Especial e Inclusiva na área da Deficiência Mental. Bauru, 2008. MEC/FC/SEE.
BRASIL,LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96.
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf - acesso em 29/09/2014.
BLANCO, R. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do
currículo. In: COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J.A. (org.).
ARANHA, M.S.F. Formando Educadores para a Escola Inclusiva. 2002.
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf